sábado, 2 de janeiro de 2016

RIVELLINO 70





















Cinco dias depois de ter lançado meu livro "FUTEBOL NO PAÍS DA MÚSICA" (Panda Books 2009) recebo uma ligação da produção do "JUCA ENTREVISTA", da ESPN Brasil, com um convite para participar do programa. Tinha certeza que o papo seria bom e fluente, mas sabia que o JUCA KFOURI gostava de lançar umas perguntas espinhosas.

Até que a conversa foi bem tranquila e sem percalços, mas entre muitas histórias e revelações, o Juca me pediu que citasse um jogador do futebol brasileiro que deveria ter sido mais lembrado por  nossos músicos e compositores, que  chegaram a homenagear até atletas reconhecidos pela falta de habilidade ou por esquentarem o banco de reservas.

Eu não hesitei em responder, de bate-pronto: ROBERTO RIVELLINO.

O Juca só me olhou de soslaio, como é sua característica e balançou a cabeça num gesto de aprovação.



RIVELLINO, chegou neste primeiro dia de 2016 aos SETENTA ANOS e com seu nome ilibado, obrigatório em todas as listas dos maiores jogadores que nasceram neste país.

Só faltou mesmo ser mais citado ou ter servido de inspiração para nomes importantes da MPB.

Faltam músicas para o craque que nasceu em São Paulo, no primeiro dia de 1946, ano que seria aprovada a nova Constituição Brasileira, no governo do mato-grossense  Eurico Gaspar Dutra.

Sem contar as dezenas de músicas que foram feitas depois da conquista do tricampeonato na Copa do México, em 1970, RIVELLINO só foi lembrado em 1973 na voz de Luiz Américo no megassucesso "CAMISA 10", composta pela dupla Luiz Vagner e Helio Matheus, E mesmo assim pela sua fama de temperamental: "Desculpe, seu Zagallo, o Garoto do Parque tá muito nervoso/ e este meio-campo fica perigoso..."


E se ao deixar o Corinthians, em 1975,  o destino  de RIVELLINO fosse o Flamengo e não o Fluminense, onde aterrissou para ganhar títulos e azeitar a famosa "Máquina"?

Será que JORGE BEN JOR comporia mesmo "CAMISA 10 DA GÁVEA" para ZICO?

Talvez CHICO BUARQUE é quem deveria ter feito uma musica para o "Camisa 10 das Laranjeiras", afinal naquela época ele mesmo comprovou que "Aqui na terra tão jogando futebol"  e se tivesse uma falta na entrada da área para o seu tricolor, a torcida já sabia quem iria bater.

RIVELLINO também foi o grande ídolo de MARADONA, este sim, tema de dezenas de canções, compostas por seus fiéis e fanáticos fãs músicos.

E se justifica perfeitamente, a lembrança do maior craque da história do futebol argentino. RIVELLINO tinha visão de jogo, liderança, arranque, um chute mortal, motivo de muitos gols de falta e de fora da área e foi inventor de um drible único e original, apelidado de "elástico", capaz de humilhar os adversários, como dá para se ver nessas imagens imortalizadas pelo CANAL 100, num clássico de 1975, entre Fluminense e Vasco.

PARABÉNS, RIVA!






Nenhum comentário:

Postar um comentário