quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ELE FAZ CINEMA - VEM AÍ O FILME SOBRE CHICO BUARQUE




Essa foto é só para apimentar o duelo decisivo desta noite na ARENA DO GRÊMIO.

CHICO BUARQUE, o mais ilustre dos torcedores do FLUMINENSE, com a  camisa do imortal tricolor gaúcho numa pelada entre artistas e produtores que participaram do FESTIVAL DE GRAMADO em 1986,

A semana será especial para os milhões de fãs do cantor, compositor e escritor carioca.

Na sexta-feira será exibido pela primeira vez o documentário "CHICO - ARTISTA BRASILEIRO", que conta a trajetória de um gênios da raça brasileira.

O longa do cineasta MIGUEL FARIA JÚNIOR abre, às 19:15, no Cine Odeon, mais uma edição do tradicional FESTIVAL DO RIO.

É bem provável que o filme se transforme no documentário mais visto da história do cinema no país, superando "VINICIUS", do mesmo diretor, que teve público estimado de 300 mil espectadores.






quarta-feira, 23 de setembro de 2015

9 TO 5 - DOLLY PARTON E LEWANDOWSKY



Gosto muito de vincular algum acontecimento importante do futebol a uma música.

É um exercício mental saboroso e que traz à tona, canções esquecidas ou até mesmo desconhecidas.

O que se passou ontem  na imponente ALIANZ ARENA de Munique, durante o jogo entre o BAYERN e o WOLFSBURG, pela sexta rodada da BUNDESLIGA, prova porque o futebol é mesmo apaixonante e um dos terrenos mais favoráveis ao imponderável.

ROBERT LEWANDOWSKY, atacante polonês do time bávaro, estava no banco e entrou no intervalo para tentar mudar o rumo da partida em que sua equipe perdia por 1 a 0.

Ele fez muito mais do que isso.

LEWANDOWSKY marcou CINCO GOLS em NOVE MINUTOS.

E fez história, quebrando uma série de recordes, entre eles, a de se tornar o único jogador da história do futebol que não começou uma partida como titular e chegou a esta marca incrível.

NINE TO FIVE.

Impossível não lembrar do grande sucesso da americana DOLLY PARTON, que também entrou para a história, da música pop.

Composta originalmente pela escocesa SHEENA EASTON,  "9 to 5" foi gravada em 1980 e  incluída na trilha sonora do filme "COMO ELIMINAR SEU CHEFE",  onde DOLLY também atua como atriz.

A faixa chegou ao primeiro lugar no "HOT 100" da revista "Billboard" e indicada ao prêmio  Grammy em cinco categorias, faturando quatro estatuetas.

Essa vai pra ti, LEWANDOWSKY.




terça-feira, 22 de setembro de 2015

GONZAGUINHA 70 - OBRA CADA VEZ MAIS ATUAL



LUIZ GONZAGA JÚNIOR faria hoje 70 anos.

E faz grande falta, uma lacuna impreenchível na Música Brasileira,  já que poucos compositores criaram uma obra com temas tão vastos e abrangentes como a deste carioca nascido em 22 de setembro de 1945.

GONZAGUINHA compôs e cantou sobre tudo:  amor, esperança, tristeza, alegria, estrada, futebol e principalmente sobre as coisas do povo brasileiro,  muitas vezes de forma direta, noutras  com uma de suas principais características, a abordagem irônica e corrosiva de temas do cotidiano.

Sofreu muito por isso, em constantes embates com  "os hómi" da censura, que foram driblados divinamente com metáforas espertas e lisas.

Mas nunca deixou de cantar o que estava vendo e sentindo, com sua antena sagaz e criativa.

Alguns momentos  mostram uma incrível atualidade na obra de GONZAGUINHA, como se tivessem sido compostas nos últimos meses.

Tive a sorte de vê-lo ao vivo em 4 oportunidades e em uma delas fui entrevistá-lo depois do show.

Salve, GONZAGUINHA!.


1)"Comportamento Geral"   -  1973



"É" - 1988


"E por falar no Rei Pelé" - 1978


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

MARINA, SEMPRE MUTANTE, CHEGA AOS 60



MARINA  é a mais mutante de todas as figuras carimbadas da Música  Brasileira.

Sua vida é uma eterna mudança: nasceu em Campo Maior, interior do  Piauí; foi criada em Washington, capital dos Estados Unidos; é uma carioca da gema e mora em São Paulo.

Basta ver as capas de seus discos. É um não à mesmice, ao óbvio,



 Iniciou sua trajetória musical em 1979 e de lá pra cá mudou de visual várias vezes, de instrumento, de voz, de cidade, de país, de parceiros musicais, sempre com um estilo único e original, que a faz uma das artistas mais importantes e completas de sua geração.

MARINA CORREIA LIMA completa hoje 60 anos como uma referência pop, um símbolo sexy e musical, envolvido em uma camada de sucessos que permanecem intactos ao tempo.

Difícil (como diz em um de seus hits, de 1986, do disco "TODAS"), escolher uma música que traduza esta virginiana inquieta e decidida.

A minha preferida é "A CHAVE DO MUNDO", que traz o verso que dá título ao seu disco de estreia  "SIMPLES COMO FOGO".

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

FRANZ BECKENBAUER - O KAISER CANTOR FAZ 70



Mais um gênio da bola chega aos 70 anos.

Agora é a vez de FRANZ BECKENBAUER, o maior jogador da história do poderoso e respeitado futebol alemão, com quatro Copa do Mundo na bagagem, a última delas ainda bem fresca, conquistada ano passado em gramados brasileiros.

Neste 11 de setembro, o "Kaiser", campeão mundial como jogador e capitão em 1974 e técnico em 1990, completa sete décadas de uma vida praticamente toda dedicada ao futebol.

Para resumir: BECKENBAUER é o PELÉ da Alemanha.

Os dois, inclusive, jogaram juntos nos Estados Unidos, no milionário e visionário NEW YORK COSMOS, em 1977.



Assim como o "REI", o alemão nascido em MUNIQUE também tem um flerte fatal com a música, embora tenha uma proporcional diferença de importância, comparada a carreira de cantor e compositor do maior craque brasileiro.

PELÉ gravou até com ELIS REGINA, mas BECKENBAUER também fez sucesso em seu país, com gravações que antecederam dois Mundiais, onde a ALEMANHA  foi para a final: em 1966, na Inglaterra e em 1974, quando foi campeã dentro de casa.

Nesta sexta-feira, já em clima de OKTOBERFEST em sua terra natal,  herr BECKENBAUER pode cantar à vontade.

Alles gute zum geburtstag, Franz!



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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

OLHA O MENINO




É a foto da semana, do ano, da década.

A imagem do menino sírio de 3 anos, encontrado morto numa praia da Turquia, registrada pela fotógrafa NILUFER DEMIR,  chocou e provocou as mais diferentes reações em todas as partes do mundo.

Quando vi, me lembrei uma música do JORGE BEN,  lançada no disco "O BIDU (SILÊNCIO NO BROOKLIN", de 1967, mas que ganhou notoriedade mesmo dez anos depois, quando foi regravada por CAETANO VELOSO, no álbum "BICHO".

Não deixa de ser uma canção alegre, como é a característica do cantor e compositor carioca, mas uma parte da letra, talvez, resuma bem este momento.

"Há seis mil anos o homem vive feliz
Fazendo guerras e asneiras
Há seis mil anos Deus perde tempo
Fazendo flores e estrelas"

Confira a gravação do disco de CAETANO e também o clipe da música, exibido na época pelo programa "Fantástico",  da Rede Globo.









quinta-feira, 3 de setembro de 2015

45 ANOS DEPOIS, O VASCO REPETE A DOSE




Coitado do VASCO.

A imagem que abre este post é de 2008 e tem tudo para se repetir este ano.

A campanha do time no Campeonato Brasileiro de 2015 é dramaticamente inacreditável.

O poço não tem mais fundo, é um pré-sal de desesperança.

Bem feito! Diriam os torcedores adversários. Quem mandou eleger de novo o Eurico Miranda.

Tenho dó mesmo dos vascaínos ilustres, boa parte deles, gênios da Música Brasileira.

Como devem estar se sentindo neste momento amargo PAULINHO DA VIOLA, ALDIR BLANC, GUINGA, ERASMO CARLOS, LUIZ MELODIA, MARTINHO DA VILA, NELSON SARGENTO, FRANCIS HIME, TERESA CRISTINA, FERNANDA ABREU; e lá no céu, NOEL ROSA, CELSO BLUES BOY e outros tantos.

Pior que o VASCO, só mesmo o CAXIAS, único time sem vitória na Série C, onde o BRASIL, de PELOTAS e o JUVENTUDE lutam para que o Rio Grande do Sul tenha finalmente um representante na Segunda Divisão.

Mas o que chama mais a atenção na campanha deste ano do VASCO é a incrível coincidência com a temporada de 1970.

Naquele ano dourado para o futebol brasileiro, o clube amargava o maior jejum de sua história: 11 anos sem títulos; o último tinha sido em outro ano inesquecível do nosso futebol, o de 1958,  quando os vascaínos conquistaram o famoso "Supercampeonato".

Em 1970, o Maracanã fervia aos domingos.

O BOTAFOGO era uma das bases da Seleção  Brasileira; o FLAMENGO tinha um time forte e entrosado; e o FLUMINENSE, terminaria aquele ano como  Campeão Brasileiro.

E ainda havia o AMÉRICA, com EDU COIMBRA, TARCISO e BADECO.

O VASCO  corria por fora com um time modesto, mas muito bem treinado por ELBA DE PÁDUA LIMA, o TIM,  um dos técnicos mais injustiçados da história do futebol brasileiro e conhecido como um grande estrategista. .

E acabou campeão carioca, terminando sua longa agonia.



O time da Colina foi para o ROBERTÃO, o Campeonato  Brasileiro da época, com grandes expectativas, ainda sob a euforia da conquista do título estadual.

E terminou a competição em último lugar, com uma campanha ridícula: em 16 jogos foi derrotado 11 vezes, empatou 3 partidas e venceu apenas 2 jogos. Saldo negativo de 12 gols.

45 anos depois, a situação é muito parecida, diria quase idêntica, porém há um tal de rebaixamento, fantasma que vem transformando São Januário em sua casa preferida.
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Em 2015, o VASCO conquistou o Campeonato Carioca depois de 11 anos sem o título estadual e a diretoria do clube achou que não precisava  reforçar o time para o longo Campeonato Brasileiro.

O clube cruzmaltino é dono de todos os balanços negativos da competição.

Pior ataque, pior defesa, três vitórias em 22 jogos e o mais absurdo: balançou as redes apenas oito vezes e fecha a rodada com saldo negativo de 33 gols.

O pior: ninguém mais acredita numa reviravolta. Talvez nem aquele cidadão que na foto acima aparece com suspensório, um acessório usado na moda para suspender as calças e mantê-las na mesma altura e posição.